PROJETO PIGMALIÃO - A ARTE DE TRANSCENDER

Obs.: O projeto foi apresentado inicialmente para os Srs, prefeito, vice, secretário da cultura e secretário de educação de Serrana, com a proposta de execução para o ano de 2019.


PROJETO PIGMALIÃO – A ARTE DE TRANSCENDER


TRANSCENDÊNCIA, nesta proposta, implica em conduzir o estudante a uma percepção da própria INTELIGÊNCIA, naturalmente, por meio de brincadeiras, dinâmicas e práticas artísticas, que levem à distingui-la da atividade puramente cerebral.

HOLISMO: Conceito criado por Jan Christiaan Smuts em 1926, que o descreveu como a "tendência da natureza de usar a evolução criativa para formar um "todo" que é maior do que a soma das suas partes".

Me permitam, respeitosamente, uma abordagem “teatral” autodidata, deste dramaturgo, sobre EDUCAÇÃO.

Quero apresentar aqui, dentro da abordagem sugerida, uma proposta de visão holística para educação integral do ser humano, congraçando artes, filosofias e ciências, praticada através de um projeto de dramaturgia para CINEMA, VÍDEO e TV, para crianças do ensino fundamental, com transversalidade Educativa-Artístico/Cultural-Ecológica-Econômica.

Independente da presente proposta, minha sugestão é que outro projeto específico de TEATRO seja desenvolvido pela Secretaria de Educação Municipal, como vem ocorrendo nos anos anteriores, para ser executado concomitante a este, para que ambos se complementem mutuamente.


JUSTIFICATIVAS:


O que motiva o presente projeto é a visão particular deste autor, de que as grandes dificuldades enfrentadas pela educação formal, com a crescente agressividade, indiferença e indisciplina dos estudantes, deve-se a um desequilíbrio da ECOLOGIA-HUMANA, com o desenvolvimento desigual entre os lados direitos e esquerdo do cérebro.

O conceito, inspirado em conhecimentos da neurociência, é de que o ensino formal (MEC), “formata” o lado esquerdo do “hardware” cerebral (para destros), responsável pelas respostas aos desafios objetivos, científicos ou racionais da vida quotidiana. Este “condicionamento clássico” (Pavlov) é indispensável para inserir o indivíduo na complexa sociedade atual, já que seu amadurecimento orgânico demora cerca de 20 anos para se completar, culminando na “configuração” do “software” operacional do indivíduo, identidade, personagem, psique ou “EU” humano, de cujo “sistema orgânico” se espera uma adequação a engrenagem social. Este “condicionamento” forma o complexo e indecifrável universo interno (vide a Esfinge de Sófocles), o que entendo ser a CULTURA, meio ambiente interno, ou ECOLOGIA HUMANA.

Minha experiência de 50 anos de estudos e práticas teatrais e artes correlatas, estudos de filosofias orientais sobre autoconhecimento e pesquisas principalmente sobre neurociência e física quântica, me levaram ao convencimento e comprovação, através de muitas experimentações educativo-culturais, que o lado direito do cérebro (para destros), é autonomamente responsável pela riqueza, felicidade, brilho, cultura, sabedoria, sanidade e PODER humano.

Equivocadamente a sociedade humana investe todos os seus esforços em desenvolver apenas o lado esquerdo do cérebro, julgando que quanto maior for o fortalecendo desta “musculatura” cerebral, mais sucesso o indivíduo obterá socialmente, quando a Ecologia Humana prova exatamente o contrário.

O lado direito do cérebro é o lado subjetivo. O ser humano é eminentemente emocional. Nada mais subjetivo que isto. Segundo o psicólogo Daniel Golemam, que cunhou o conceito amplamente difundido e aceito de INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, o indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade, manobrar esta natureza e se relacionar com seus interlocutores com mais efetividade, função esta que só pode ser exercida pelo lado DIREITO do CÉREBRO.

Dependemos objetivamente, cada vez menos da natureza e cada vez mais de outros seres humanos para sobrevivermos e nos realizarmos na vida. Abandonar ou relegar a um segundo plano esta parte do desenvolvimento cerebral, chega a ser um suicídio social. Porque será que insistimos em nos apegar a crenças infundadas em vez de aceitarmos e adotarmos verdades científicas? Einstein dizia que loucura é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes. 

Ninguém pensa em ir a uma academia desenvolver somente o lado direito do corpo. Isto não tornará ninguém saudável ou forte, mas sim deformado e doente fisicamente. Porque fazer isto então com o cérebro, órgão do qual mais dependemos para o sucesso nas relações com este mundo tridimensional?

Não seria por causa deste desequilíbrio da ecologia humana, que a sociedade é tão perversa, desigual, violenta, competidora e por vivermos tão miseravelmente quando há recursos, tecnologias e alimentos em abundância para vivermos todos num paraíso?

Uma pessoa verdadeiramente inteligente, ou seja, que desenvolveu igualmente os dois lados do cérebro em equilíbrio, não consegue se tornar um personagem perverso, coautor das atrocidades que dominam o mundo atual.

O cérebro onde entra luz, não consegue voltar ao estado das trevas da ignorância. Desenvolvida a sensibilidade ela não se apaga mais. Estes atributos do lado direito do cérebro estão interligados e são indissociáveis. Onde há sensibilidade há luz, onde há luz há brilho, onde há brilho, há beleza, onde há beleza há criatividade, onde há criatividade há riqueza, onde há riqueza há poder e PODER real é o que todo ser humano quer, pois só há liberdade se há poder.

Estas qualidades são subjetivas, dificilmente quantificáveis. O lado esquerdo do cérebro não pode medir o direito. O lado esquerdo não compreende o direito, mas o lado direito compreende integralmente o lado esquerdo, porque todas as artes são matemáticas. Entretanto o cérebro não consegue resolver seus próprios problemas, pois como disse Einstein, nenhum problema se resolve no mesmo nível em que foi criado. 

O cérebro é a residência da psique, do EU, do personagem humano. Este EU não consegue resolver os problemas que cria, porque o problema humano é o próprio EU. Um personagem “artificial” não pode resolver um problema natural. O essencial está acima da natureza. O que chamo de essencial é bem real, cientificamente visível por qualquer um, bem palpável, consistente, coerente e lógico, entretanto não material.

Pra entender isto temos que ver com realidade o que somos em verdade. Alguns neurocientistas estão tentando localizar no cérebro onde está a INTELIGÊNCIA. Parece que há uma grande confusão entre pensamento e INTELIGÊNCIA. Outra questão é que, para mim parece bem claro, AUTOCONSCIÊNCIA é uma função cerebral, mas CONSCIÊNCIA, percebo como algo bem mais amplo e poderoso que o cérebro. Da mesma forma desejo é cerebral, mas VONTADE vejo como um poder maior, capaz de determinar a “neuroplasticidade” cerebral. E o maior desafio de todos para a ciência clássica é entender o que é a VIDA. Se perguntarmos cientificamente o que é o AMOR então, a conversa se torna absolutamente insustentável. Mas fato é que estes aspectos do nosso SER são facilmente constatáveis por qualquer interessado atento.

Embora a física quântica seja a ciência que mais se aprofunda nestes assuntos, não se atreve a explicar o que é INTELIGÊNCIA, CONSCIÊNCIA, livre VONTADE, VIDA e AMOR. O lado esquerdo, o cérebro racional, não pode explicar este algo espontâneo, mas a nós, é possível algo muito melhor que explicar, é possível SER esta realidade. Mas para usar este imenso potencial é preciso se AUTOCONHECER e se DESIDENTIFICAR com o EU cerebral limitado. PENSAMENTO não é INTELIGÊNCIA. O EU não é a CONSCIÊNCIA. DESEJO não é VONTADE, VIDA e MORTE não são a EXISTÊNCIA e o AMOR e todas estes poderes não são funções cerebrais, mas estão em todo organismo, em tudo que chamamos matéria. É o que somos e não nos demos conta.

Não seria o Bosón de Higgs, uma das recentes descobertas da física quântica, a partícula que dá consistência, ou materialidade ao átomo, a partícula da CONSCIÊNCIA na matéria?

A física quântica já provou reiteradamente que a matéria “não existe”. A massa, que chamamos de matéria é apenas uma “onda” convertida em partículas pela CONSCIÊNCIA. O experimento mais banal desta ciência, chamado de “O Experimento da Fenda Dupla” (https://www.youtube.com/watch?v=GXAYW4a3OZY), comprova o fato. Deixa obvio, que algo existia antes da matéria existir e que a criou, ou melhor, a cria no presente: a CONSCIÊNCIA. É o que somos. Não existe nada absurdo, nada misterioso, nada mistico neste fato (vide documentário “Quem Somos Nós - https://www.youtube.com/watch?v=JBSCanzPAfY).

Nos confundimos com a matéria. O nosso EU, o personagem, se confunde com o AUTOR do filme de nossa vida, a medida que nos IDENTIFICAMOS com ele. Então sofremos e morremos com ele, porque toda história tem que acabar para começar outra. Mas somos o AUTOR dessa tragicomédia ou o personagem tragicômico? Não seria este o sentido oculto no mito de ÉDIPO desafiado pela enigmática esfinge, na tragédia de Sófocles. 

A mitologia Grega explica com maior precisão que as nossas ciências naturais, o sentido da vida humana. Mas isto só pode ser entendido por quem sabe LER A ARTE. O nosso inconsciente, pessoal e coletivo, 97% da nossa mente, tem esta linguagem subjetiva, a mesma da ARTE. De pouco me adiantará ser bem letrado nas ciências da racionalidade se for analfabeto na linguagem subjetiva da vida. O viver nos desafia como desafiou a Esfinge a Édipo: DECIFRA-ME OU TE DEVORO.

Nosso EU é apenas a memória da história humana no INCONSCIENTE COLETIVO, como uma lápide e a REALIDADE do que somos é VIVA. Somos a continuação deste EU único, coletivo, como o software operacional Windows. Eu e você somos este mesmo EU, apenas com “endereços” diferentes, já há 13 mil anos. O EU nos ilude fazendo supor que a vida é uma discussão MORAL com a morte, o mesmo que jogar xadrez com ela, como faz o cavaleiro templário em “O Sétimo Selo” de Ingmar Bergman, que se considera dono de uma MORAL superior, o que julga, lhe garantiria “privilégios” diante do TEMPO. A única forma de enfrentar o desafio da morte é nunca mentir para si mesmo.



OBJETIVOS GERAIS:

Apoiar o empenho da Secretaria de Educação, diretores, coordenadores, professores e demais profissionais da educação, através da ferramenta da ARTE, objetivando facilitar seu árduo trabalho, reduzir seu desgaste, esvaziando as poderosas energias na psique infantil, que represadas se tornam hostis e indomáveis, oferecendo caminhos criativos onde possam se expressar, equilibrando sua ecologia interna e externa. Construir um trabalho integrado que considere as necessidades dos estudantes, dos professores e demais educadores envolvidos, elaborando uma linguagem engajada que fale a todos estes públicos-alvo relacionados. 

Este é o desafio a que venho me propondo com meu trabalho de dramaturgo ao longo destes últimos anos de atividade, escrevendo peças que possam colocar em palavras e gestos, o que os corações e mentes destes públicos, o infantil, o jovem e o adulto, tem necessidade de expressar e acolher.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Além de divertir atores e públicos, elaborar e levar mensagens educativas em transversalidade com todas as áreas do conhecimento humano a todos. 

Ouvir os anseios dos educadores quanto às expectativas criadas com o trabalho proposto, também de eventuais outros profissionais e autoridades envolvidas com o projeto e alinhavar este contexto com as expectativas e necessidades de expressão dos estudantes, num amplo engajamento, criando uma dramaticidade que acrescente culturalmente aos públicos assistentes, procurando atender todos os anseios, o quanto for possível. 

Ensinar os estudantes a pensar criticamente, de maneira global, não fragmentária ou partidariamente. 

Formar o caráter dos jovens com desafios de superação, que exijam coerência, como forma de entregar a eles valor, respeito, dignidade, confiança e amor próprios, formando cidadãos aptos a no futuro dirigir a nação para o enriquecimento de todos, em todos os níveis. 

Fazer entender a diferença entre respeito e medo, através da percepção intuitiva da afetividade que deve intermediar as relações entre crianças, jovens e adultos, reduzindo distâncias autoritárias, tornando os estudantes autores de seus desígnios emocionais, libertando-os futuramente de auto-aprisionamentos psicológicos, iniciando-os desta forma, naturalmente, num caminho de autopercepção e de autoconhecimento. 

Reduzir distâncias afetivas, criar pontes de relacionamento educador X educando, não replicar tecnologias, mas criar o novo, algo que não existia, vivo, que permita o trânsito afetivo entre pessoas de idades diferentes. Criar novas identidades espelhadas. Interlocução livre de preconceitos. Plasticidade de relacionamento. Encantamento. Reabrir assuntos, predefinições de relacionamento. Afeto no lugar de paradigmas, dogmas e preconceitos. 

Inserir neste contexto o objetivo do teatro de reaprendermos todos, adultos, jovens e crianças a brincar com os papeis que todos exercemos, levando a sério a vida, em vez do personagem. O afeto começa somente depois de aprendermos a rir de nós mesmos. 

Atender ao interesse natural da Secretaria de Cultura de promover cultura/artística para todos os segmentos sociais. 

Formar público para as áreas artístico/culturais promovidas pelo projeto. 

Preparar estudantes para eventuais escolhas de profissões relacionadas ao projeto. 

Desenvolver autoestima, autovalorização, autoconfiança e a inteligência emocional dos estudantes. 

Reatar os laços naturais que unem educação e cultura, separados pela ditadura militar o que acabou com o principal público das artes, o estudantil, depreciando a cultura, impedindo artistas do exercício profissional e subtraindo da educação uma das principais ferramentas de educação, as artes, inviabilizando o trabalho do educador, desvalorizando o professor, impossibilitando o ensino integral, conforme previsto no ECA. 



METODOLOGIA (Inspiração do título do projeto):

Obs.: Ao final do texto há uma imagem/texto explicando a metodologia empregada.



RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS: 

Os recurso físicos necessários para a realização do projeto são os recursos naturalmente já disponíveis nas escolas. A Secretaria de Educação determinará quais recursos disporá nas escolas para implantação do projeto, estabelecendo um cronograma e agendamento, descritos num acordo prévio com o proponente deste projeto, demais educadores e outros envolvidos.

Serão necessários para as aulas e produções um espaço fechado para exercícios que exijam maior concentração e exibição de vídeos e um espaço aberto para para exercícios que exijam maior atividade física, sendo que um dos dois ou ambos deverão permitir apresentações para outros alunos de fora do projeto. Outros materiais necessários para as produções são os já normalmente utilizados pelas escola como papeis, cola, durex, barbante, EVA, TNT, TV, DVD, caixa de som, etc.

Haverá necessidade de exclusividade de uso dos espaços previamente determinados, somente no horário reservado para as aulas, conforme cronograma pré estabelecido em conjunto com as partes envolvidas.

Também será necessário que cada escola envolvida tenha um espaço reservado e protegido para a guarda de figurinos e acessórios de cena.

O transporte de estudantes, proponente, eventuais assessores envolvidos no trabalho e de materiais de cena, no caso de apresentações em locais distintos das aulas, ficará a cargo da Secretaria de Educação, conforme programação previamente acordada entre todos os envolvidos.

Câmeras de vídeo, materiais de iluminação, fiação, equipamentos para a produção dos cenários e figurinos, computador, softwares operacionais e software de edição de vídeo com respectivos direitos de uso, bem como todo “Know How” operacional, ficarão a cargo do proponente do projeto.

Se for do interesse da Secretaria de Educação e da escola que os estudantes aprendam a editar imagens e realizar produções de vídeo e para internet, será necessário disponibilizar no mínimo um computador com processador Quadricore, ou equivalente, 2 GB de memória, um HD de 500 GB, e um Pen Drive de 16 GB, para cada escola sede do projeto.


RECURSOS HUMANOS:

Não ha necessidade de nenhum acompanhamento ou assessoria de educador ou funcionário da escola, regularmente durante as aulas.

O proponente do presente projeto ficará encarregado de apresentar a proposta do projeto e selecionar os estudantes que poderão participar das atividades em horário invertido ao das aulas regulares da escola, ministrar as aulas, produzir os materiais de vídeo, impressos e internet e direção de cena. 

O cronograma das aulas será estabelecido pela Secretaria de Educação em comum acordo entre o proponente do projeto e demais educadores envolvidos. Este cronograma deverá ser divulgado no início das atividades, para evitar que haja coincidência de atividades, nas datas agendadas para os eventos programados pelo projeto, tanto da parte dos educadores como da parte dos estudantes.

Será necessário obter “Autorização de Uso de Imagem”, previamente dos pais ou responsáveis pelos estudantes para posterior postagem das produções na internet, sendo que cada caso será previamente programado e acordado entre a Secretaria de Educação, pais ou responsáveis e o proponente do projeto.

Os estudantes selecionados não poderão participar de outro projeto em horário coincidente ao do cronograma, estabelecido pela Secretaria de Educação em acordo com o proponente e educadores envolvidos. 



PROPOSTA DE TRABALHO:

Ministrar aulas de captação de imagens e edição de vídeo, dramaturgia, elaborar “scripts” e roteiros, montar peças para teledramaturgia, com linguagens de vídeo, documentário, reportagens, internet e cinema. Um parte das aulas será destinada a desenvolver a dramaturgia e outra parte para a produção técnica.



PRIMEIRA SUGESTÃO E CRONOGRAMA: 

Para estudantes do ensino fundamental de 6ª à 9ª séries da EMEF PROFESSORA MARIA CELINA WALTER DE ASSIS: Dois dias por semana, realizar aulas pela manhã das 9,00 às 11, 30 horas. No período da tarde das 13,00 às 16,30. 

Para estudantes do ensino fundamental de 3ª à 5ª séries da EMEF ELIZABETH SAHÃO ou uma outra escola municipal, a ser escolhida em acordo com a Secretaria de Educação, realizar aulas e produções, 2 dias por semana, no período da manhã, das 9,00 às 11,30 e a tarde das 13,00 às 15,30 horas.

No quinto da semana em que não houver aulas, o proponente fará toda a produção dos materiais de cena e as produções técnicas dos trabalhos realizados com os alunos.



SEGUNDA SUGESTÃO E CRONOGRAMA: 

FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES: A primeira fase do trabalho deverá ficar circunscrita a elencos compostos de 15 a 20 atores, em cada um dos períodos, matutino e vespertino, que serão preparados para dar aulas a outros estudantes. Numa segunda fase, quando estes primeiros MULTIPLICADORES estiverem preparados, cada deles um deverá formar elencos com pelo menos 5 atores novos, para atuar dentro da escola sede ou em escolas selecionadas pela SME, aos quais ministrarão aulas, dirigirão, montarão e farão a produção de novos espetáculos, aumentando assim significativamente a abrangência do projeto.

Para estudantes do ensino fundamental de 6ª à 9ª séries da EMEF PROFESSORA MARIA CELINA WALTER DE ASSIS, realizar aulas CINCO dias por semana, das 8,00 às 9,30 horas e à tarde das 13,00 às 14,30 horas. 

Para estudantes do ensino fundamental de 3ª à 5ª séries da EMEF ELIZABETH SAHÃO realizar aulas CINCO dias por semana, no período da manhã, das 10,00 às 11,30 e a tarde das 15,00 às 16,30 horas.

Esta carga horária e regularidade deverão produzir maior concentração, customização e comprometimento por parte dos estudantes, requisitos necessários para a formação dos MULTIPLICADORES.

Tanto a EMEF PROFESSORA MARIA CELINA WALTER DE ASSIS como a EMEF ELIZABETH SAHÃO, deverão atuar como sede do projeto, permitindo o ingresso de estudantes das outras unidades escolares municipais no curso, formando um elenco misto, com os mais destacados de cada escola.

A produção dos materiais de cena e as produções técnicas dos trabalhos serão realizados em sala de aula com os alunos.

Independente do CRONOGRAMA adotado, na EMEF PROFESSORA MARIA CELINA WALTER DE ASSIS retomar os trabalhos desenvolvidos no ano anterior (2018) de Educação Ambiental para Crianças, quando os estudantes que participaram destas peças teatrais cursavam a 5ª série em outras escolas municipais, remontar as peças, substituindo atores faltantes por novos e levar os espetáculos para serem apresentados no Parque Bela Fonte, regularmente, para todas as escolas municipais. Ao mesmo tempo será constituído um segundo grupo de estudantes para a montagem de uma equipe de reportagem e atuação de rua, continuando o projeto MCTV, realizado na escola em 2012, com o objetivo de produzir reportagens sobre Educação Ambiental para Adultos, que serão postadas na internet, em um canal próprio e em redes sociais, procurando conscientizar a população sobre a importância de manter a cidade limpa, destinado o lixo na forma certa, para locais adequados.

Durante o período de férias escolares do meio do ano, o proponente se disponibilizará para continuar o trabalho acima proposto.

Como as produções aqui propostas acima tem um forte caráter educativo, uma vez que levarão em consideração as necessidades, interesses e aspirações de professores e outros educadores, o proponente sugere que as peças produzidas nas escolas escolhidas para acolher o trabalho, sejam levadas para outras escolas que tenham trabalho semelhante ou não, contando que para a realização desta tarefa a Secretaria de Educação providencie o necessário transporte dos atores e materiais de cena (de pouco volume e peso – sem cenário).

Além das apresentações das produções nas escolas e no Parque Bela Fonte, o proponente solicita que as mesmas sejam apresentadas na Fundação Cultural, num Festival de Teatro Infantil. Quando houver o registro de 2 anos do festival, conforme exigido pelo PROAC, o proponente se disponibilizará para elaborar projeto para concorrer ao Edital da Secretaria de Cultura do Governo Estadual, com verbas específicas para financiar festivais.



RECURSOS FINANCEIROS:

O proponente renuncia a qualquer ressarcimento pelo know how e mão de obra sua empregada no projeto, oferecendo-os gratuita e voluntariamente a bem da comunidade, desobrigando SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO de qualquer a qualquer obrigação trabalhista, sem qualquer interesse de vínculo desta natureza. 

O montante de recursos financeiros a título de ajuda de custo para alimentação, transporte, confecção de materiais de cena, troca de peças de reposição utilizadas nos equipamentos de produção, manutenção e eventuais reparo de equipamentos disponibilizados pelo proponente, será oferecido ao mesmo pela SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, para uma atuação durante o período de fevereiro a novembro de 2019, totalizando em 10 meses de atividades, de acordo com suas disponibilidades, importando na quantia mensal de R$ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ e um total no período de R$_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ __ ___ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ .


O proponente sugere que a SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO faça um investimento para a aquisição e confecção de figurinos e acessórios de cena, no valor de em R$ 400,00/mês, de março à outubro, totalizando nestes oito meses R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais).

Este acervo constituído deverá ser guardado e preservado pelas escolas que participarem do projeto, para serem utilizadas nos anos subsequentes.



INVESTIMENTO PER CAPITA:

As peças produzidas para os públicos internos das escolas atingirão em média os cerca de 600 alunos que cada uma acolhe, Contando que as apresentações sejam feitas também para os pais, poderemos atingir no ano, com diversas reuniões, cerca de 600 adultos por escola. Como existem no município 8 EMEFs, por este cálculo poderemos atingir 9.600 pessoas entre adultos e crianças, isto contando que poderemos produzir com estes elencos peças para os menorzinhos, tanto para os das primeiras séries dos EMEFs, como também para os pequenos estudantes das EMEIs, onde poderemos chegar a atingir um total estimado de 10.000 pessoas.

Se somarmos a este público os que frequentarão os festivais de final de ano da Fundação Cultural, com a suposição que hajam dois dias de apresentação, com a exibição de vários espetáculos em horários diferenciados, poderemos acrescentar a esta conta pelo menos mais 1.000 pessoas.

No Parque Bela Fonte com a apresentação de peças de Educação Ambiental para escolas, se todas as EMEFs forem levadas ao parque, ao menos uma vez ao ano, inclusive com apresentações em finais de semana para os pais, atingiremos pelo menos mais 4.800 estudantes e para arredondar a conta, pelo menos mais 200 adultos. Assim sendo teremos um total aproximado de 5000 pessoas atingidas.

Quanto ao público da internet que poderão visitar o canal criado para acomodar as produções de vídeo realizadas, além da exposição para as redes sociais, poderemos atingir um público que agora é difícil calcular. Então não acrescentaremos valores aos números calculados acima.

Se atingirmos DIRETAMENTE 16.000 pessoas entre crianças, jovens e adultos, isto contando que estas pessoas assistirão apenas um espetáculo, uma única vez no ano, como o investimento total feito pela SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO deverá ficar abaixo dos R$ 16.000,00 com o presente projeto, chegaremos a um INVESTIMENTO PER CAPITA de R$ 1,00 por pessoa em um ano, ou provavelmente menos, ainda mais se contarmos que fatalmente muitas pessoas ou estudantes assistirão, uma ou mais peças, mais de uma vez. Isto sem contar com o público da internet. 16.000 pessoas representam cerca de 32% da população do município.



BENEFÍCIOS COLATERAIS DO PROJETO:

Além de mobilizar um imenso público em torno de uma ampla ação cultural/educativa, agregando toda classe educacional do ensino fundamental do município, teremos realizado uma forte mobilização de integração sócio-cultural, algo de suma importância para o município que recebeu nas últimas décadas forte migração, o que desfigurou a identidade sócio-cultural do serranense nativo, sem que os migrantes tivessem encontrado espaço para expor suas culturas e saberes. A reconstrução desta identidade serranense, agregando a cultura nativa e a migrante é essencial para restabelecer, além da saúde sócio-cultural do município, também a saúde ECONÔMICA municipal, pois as duas áreas são interdependentes, arrastando para esta convalescença a saúde psicossomática do cidadão.

A persistência do projeto fatalmente conduzirá a uma mudança de comportamento e valores do cidadão serranense, quanto a sua responsabilidade ambiental e em manter a cidade limpa. 

Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York, conhecido por sua política de “tolerância zero”, que consegui reduzir a criminalidade em 60%, na cidade mais violenta do mundo em seu mandado, pode servir de inspiração para nosso projeto. Ficou provado pelo experimento, que quando o cidadão aprende a cuidar de pequenos detalhes do ambiente onde vive (em Nova York há multas para quem joga lixo no chão), este parâmetro estabelecido inibe outras ações maiores de agressão à outras pessoas e ambientais.

Se persistirmos com o projeto nos anos subsequentes fatalmente acabaremos atraindo a grande mídia, que poderá produzir espontaneamente matérias sobre a cidade, o que reforçará as intenções do mesmo, além de poder atrair investimentos de diversos segmentos no município, bem como abrir portas para ações turísticas que atraiam público para a cidade.



CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O que estamos discutindo neste projeto é mais que uma mudança de paradigmas ecológicos. Estamos tocando em DOGMAS incrustados em nosso INCONSCIENTE COLETIVO que impedem constantes melhorias de qualidade de vida que poderíamos implementar nas comunidades onde vivemos.

INCONSCIENTE COLETIVO, é uma “re”descoberta do psiquiatra CARL GUSTA JUNG. Digo redescoberta porque esta orientação havia sido feita pela mitologia grega, conforme já citado aqui na história de ÉDIPO e representada na figura da esfinge. 

O psiquiatra Pierre Weil em seu livro “O Corpo Fala”, ilustra bem estas divisões !Esfíngicas” da psique humana, ou EGO, ID e SUPEREGO segundo o psiquiatra Sigmund Freud e relacionadas com nossos 3 cérebros:

A Esfinge o monstro Grego que retrata o homem, traduzida para os termos desta nossa civilização, seria constituída de uma base animal formada pelo BOI correspondente ao cérebro REPTILIANO, o ID da psique Freudiana, nosso lado instintivo primitivo, o LEÃO, correspondente ao nosso cérebro animal, ou LÍMBICO, o EGO Freudiano, ou nosso indomável lado emocional e a ÁGUIA, correspondente ao nosso cérebro racional, o NEOCORTEX, o SUPEREGO Freudiano, nosso lado moral controlador. 

Além destes nossos 3 lados animais primitivos, a Esfinge indica que temos mais uma porção, representada por uma cabeça humana, justamente o INCONSCIENTE COLETIVO HUMANO, redescoberto por Jung. Mas, seguindo a mesma lógica dos 3 cérebros animais, onde estaria localizado em nós este INCONSCIENTE COLETIVO, já que não temos um quarto cérebro?

O termo INCONSCIENTE COLETIVO sugere que temos uma porção em nós partilhada por todos os outros seres humanos, tal qual um monstro siamês, com uma única cabeça ligada a 7,5 bilhões de corpos humanos. Segundo estimativas nossa mente é apenas 3% AUTOCONSCIENTE, 7% SUBCONSCIENTE e 90% INCONSCIENTE. Aonde estaria estaria em mim esta ligação invisível com toda a humanidade senão no DNA das minhas células? O DNA, a semente através da qual é possível criar um CLONE igual a mim, cuja estrutura é só e unicamente memória, um resumo histórico da minha existência, da humanidade inteira que passou pelo planeta, bem como um arquivo de 3,5 bilhões de anos de toda vida planetária e quem sabe da existência da terra, talvez deste universo, e etc...Esta afirmação científica coincide com visão das filosofias orientais de que somos todos um único ser.

Somando-se a este fato a descoberta da física quântica que a matéria não existe, mas tudo são apenas ondas de energia, somando mais a relatividade do tempo descoberta por Einstein, fica parecendo que tudo que é manifesto, ou o mundo material, não passa de uma configuração de memória, como um software descrito na metáfora do filme Matrix. Uma ILUSÃO segundo as filosofias orientais. 

Onde quero chegar com todas estas considerações sobre a REALIDADE?

Quero desmistificar a imagem estática, dura, definitiva, inflexível, absoluta que temos de nós mesmos e ver a realidade da nossa inteligencia, superior ao racional.

Porque é importante que esta investigação sobre oque somos seja científica? 

Não existe nada mais democrático que a lógica. Não só a lógica racional, mas padrões lógicos superiores, como os da percepção, do insight, da intuição. As crenças nos separam e, paradoxalmente só a lógica pode nos levar ao AMOR. 

Entretanto somos dominados pelo nosso cérebro EMOCIONAL, nosso EGO. Preferimos nos apegar a crenças em vez de a fatos científicos. Isto faz da nossa sociedade uma “Torre de Babel” bíblica, onde cada um fala uma língua e ninguém se entende.

Na abertura deste projeto afirmei que relegamos a segundo plano o desenvolvimento do lado direito do cérebro, que embora subjetivo, é eminentemente lógico, mas de uma lógica sutil e refinada que o nosso brutal lado esquerdo do cérebro, racional, frio e calculista, não entende e não valoriza. Seria este lado esquerdo a ESFINGE que propôs a Édipo, o lado direito do cérebro, o desafio: DECIFRA-ME OU TE DEVORO? 

Se não desenvolvermos a SENSIBILIDADE e aprendermos o alfabeto simbólico das linguagens subjetivas da mente que as artes ensinam, continuaremos miseráveis, violentos, isolados de tudo e de todos. 

Criar é mais importante que conhecer. Para quem cria, o conhecimento é inútil. O que produz riquezas é a criação e não o conhecimento.

Para confirmar este fato proponho uma reflexão: Se lhe folhe dado de presente, preferiria todas as fábricas da Coca Cola, ou o “rabisco”, o “desenho”, o símbolo, a MARCA? Qual das duas opções tem maior valor?



Afetuosamente



Wagner Benitez Nogueira

Jornalista – MTB 0070585/SP





Referências Profissionais:

Através do BLOG https://teatroregenerativo.blogspot.com/ é possível ter acesso a todos os trabalhos por mim criados e um histórico profissional completo.






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