NOVA TERRA - SOLIDÃO, ANGÚSTIA E ACOLHIMENTO.




Esta matéria está sendo escrita, por mim e por você que busca ACOLHIMENTO. Você que procura alguém disponível para recebê-lo (a), aceitá-lo (a) e lhe dar o que todo mundo mais quer: ATENÇÃO.

Estamos todos, ante a humanidade, numa posição solitária e angustiante. Não? Incomunicável “em essência” com o os outros? O que quero dizer é que no profundo do nosso ser, precisamos desesperadamente de entrar em comunhão com com os outros, mas não sabemos como. Em nossa sociedade competidora, materialista, monetarista, ninguém pode ou está interessado em nos ouvir, em nós. Então falamos uns com os outros sobre assuntos triviais, superficiais, que não matam a nossa sede de beber do outro, de estar junto, de partilhar a alma. E a maior parte das pessoas está dessensibilizada e nem sabe disso.

Embora só eu esteja falando aqui, digo que é possível entrarmos nesta comunhão tão desejada por nós, não presencialmente, através do que esclareço a seguir. Tal convicção se dá por eu falar aos nossos corações, sobre nossos segredos mais íntimos, que não sabemos encontrar e confessar. Quando falo com sinceridade sobre o que vai inconfessável em nossa alma, desvendo seu segredo, entramos em comunhão, por que somos exatamente iguais em essência.

Temos sempre o angustiante sentimento de incompletude, de que falta ou é preciso TER ou fazer algo. Vivemos a constante criação do tempo. Algo para ser conseguido, conquistado, alcançado, pago, quitado, “amanhã”, quando estou só e unicamente no aqui e agora. A divisão do ser, entre o que está presente e o algo que se tem que alcançar, melhorar, se aprimorar, adquirir algum valor, algum bem, “amanhã”. O tempo é a incapacidade de ficar parado, presente, só, consigo mesmo. Se conseguir parar, percebo a essência, me vejo completo, AUTOSSUFICIENTE. E se me encontro, COMUNGO com o outro.

Como se tornar invulnerável às cobranças e pressões do mundo? Como não lutar mais consigo mesmo? Como não estar sempre num estado de DÍVIDA, CULPA, MEDO? Não é esta fragilização que me impede de estar íntimo comigo mesmo? Não é esta intimidade profunda que me levaria ao AMOR PRÓPRIO? Um alto grau de aceitação, compreensão, compaixão e bondade consigo mesmo. Estar em paz! Descansar! Estar presente, relaxado. Confiante. SEGURO, ou seja sem medo, sem dívida, sem divisão ou conflito. É possível parar a busca angustiante da vida e perceber-se já ter chegado?

Consigo desistir de ser perfeito? Aceito ser apenas um cidadão do mundo, igual e parte de tudo e de todos os outros. Meu DNA, ou INCONSCIENTE COLETIVO, garante que sou uma semente-cópia da mesma única humanidade! Para onde quero fugir ou alcançar oque? Preciso conseguir renunciar à obrigação imposta por esta inquieta INCOMPLETUDE herdada do coletivo. Este vazio não pode ser preenchido. Se conseguir dizer não, estarei em paz.

Ou oque gera a angustiante sensação de solidão, isolamento ou separação que nos faz desejar ardentemente a união com outros seres humanos? E oque nos faria sentir saciados nesta necessidade, aliviados? Existe algum estado SADIO, lógico, lúcido em que os outros deixem de ser uma ameaça, ferozes competidores, com quem disputamos nossa sobrevivência? Tudo isto não é somente manifestação da nossa psique coletiva?

Podemos jurar que esta ameaça é real e vem de fora, contra nossa integridade física e mental. De fato o mundo externo é bastante hostil. Mas será que ele não nasce justamente deste nosso imenso medo interior? Ele não é uma projeção da separação, do isolamento, da incompreensão que existe em nosso interior? Talvez se parássemos para constatar que vivemos sozinhos no nosso interior, que lá ninguém consegue penetrar, é invulnerável, inviolável, lá estamos protegidos contra tudo e todos, talvez nos acalmássemos mais. É o único lugar onde estamos e podemos estar e sem poder sair.

O intrigante é que não é esta privacidade interior que nos faz sentir isolados, solitários, separados dos outros, cada um se virando, como pode, por conta própria. Um outro fator sustenta a ilusão de separação que nos aflige.

Vivemos acuados em um constante estado de MEDO. Mas não de uma ameaça real, objetiva, presente no agora do mundo externo. Vivemos num estado de MEDO psicológico, de algo difuso, que não sabemos o que é. Tal é a dissimulação deste estado emocional, que a maioria das pessoas nem consegue perceber este medo constante. Tudo o que tentamos conseguir e amealhar no mundo externo, é para suprir esta sensação de SEGURANÇA PSICOLÓGICA que buscamos. Mas nenhum falso poder externo pode suprir ou compensar o “despoder” interno.

Nenhuma IDEIA, CRENÇA ou VALOR pode aliviar nosso coração do descomunal peso deste medo.

A única coisa que poderia nos conduzir a um estado de serenidade, de saciedade, de conforto, segurança, que encerraria nossa busca insana por este algo desconhecido, seria a VISÃO, concreta, real, lúcida, lógica, autêntica, verdadeira, única do que de FATO SOMOS. Este FATO nos revelaria o PODER necessário para enfrentar o falso poder do mundo externo material. Significa eu BEBER da MINHA PRÓPRIA FONTE. Eu me revelar a mim mesmo. Eu me conhecer integralmente. Perceber a distinção do que PENSO ser, do que de FATO SOU.

Ninguém pode fazer isto por mim, nem eu por alguém. É uma viagem única, para um único passageiro. Exige uma introspeção investigativa profunda neste meu mundo privado interior. O meu inconsciente esta povoado de fantasias que eu criei para interpretar a realidade, que só eu posso desmistificar. Guardando a entrada deste labirinto está um EU que eu penso ser, que impede de me conhecer. É este muro de impedimento, aparentemente intransponível do EU, que provoca a ideia de separação, de mim mesmo, dos outros, do universo e consequentemente o medo subliminar que nos assombra. Se eu eliminar o “muro” da separação, elimino o medo e descubro o AMOR, porque me vejo como integrante indissociável do todo, independente de estar contingenciado no “interno”.

Você pode ver que o que disse é real olhando fundo nos meus olhos, “de uma maneira não presencial”. Você pode olhar no fundo dos meus olhos, procurando pela coerência das minhas palavras, sentindo o que propus. Não quero nada de você neste momento e estou ofertando o acolhimento que procura. Porque? Procuro avidamente por parceiros que COMUNGUEM comigo a PAIXÃO pela construção da uma NOVA TERRA, conscientes do que não está dando certo e do que precisamos para tal empreendimento. Só preciso do SER REAL que você é.

Afetuosamente

Wagner Nogueira
(16) 99136.9249 (claro) 

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