NOVA TERRA - PARA ÁREA EDUCACIONAL



PROJETO EDUCACIONAL PIGMALIÃO – A ARTE DE TRANSCENDER




TRANSCENDÊNCIA, nesta proposta, implica em conduzir o estudante a uma percepção da própria INTELIGÊNCIA, de maneira natural, por meio de brincadeiras, dinâmicas e práticas artísticas, que o levem a distingui-la da atividade puramente cérebro-racional.

Quero apresentar aqui, dentro da abordagem sugerida, uma proposta de visão holística para educação integral do ser humano, congraçando artes, filosofias e ciências, praticada através de um projeto de arte-pedagógica teatral, incluindo cinema, vídeo e tv, para crianças e jovens, com transversalidade Sócio-Educativa-Artístico/Cultural-Ecológica-Econômica.

HOLISMO: Conceito criado por Jan Christiaan Smuts em 1926, que o descreveu como a "tendência da natureza de usar a evolução criativa para formar um "todo" que é maior do que a soma das suas partes".


JUSTIFICATIVAS:

O que motiva o presente projeto é a visão particular deste autor, de que as grandes dificuldades enfrentadas pela educação formal, com a crescente agressividade, alienação e indisciplina dos estudantes, além do grave problema do “bulling”, deve-se a um desequilíbrio da ECOLOGIA-HUMANA, com o desenvolvimento desigual entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro.

O conceito, inspirado em conhecimentos da neurociência, é de que o ensino formal (MEC), “formata” o lado esquerdo do “hardware” cerebral (para destros), responsável pelas respostas aos desafios objetivos, científicos ou racionais da vida quotidiana, desprezando o outro hemisfério. Este “condicionamento clássico” (Pavlov) é considerado como indispensável para inserir o indivíduo na complexa sociedade atual, já que seu amadurecimento orgânico demora cerca de 20 anos para se completar. O processo culmina na “configuração” de uma identidade, personagem, psique ou “EU” humano, que no meu entender, não passa de um “software” operacional, um “sistema orgânico” do qual se espera adequação à engrenagem social. Este “condicionamento”, que vejo como sendo o contrário ao que seria educação, forma um complexo e aparente indecifrável universo interno no indivíduo, conteúdo este que para mim é a melhor definição do que seja CULTURA, ou nosso meio ambiente interno, ou ainda ECOLOGIA HUMANA.

Minha experiência de 50 anos de estudos, práticas teatrais, artístico-pedagógicas teatrais e artes correlatas, estudos de filosofias orientais, sobre autoconhecimento e pesquisas principalmente sobre neurociência e física quântica, me levaram ao convencimento e comprovação, através de muitas experimentações educativo-culturais, que o lado direito do cérebro, é autonomamente responsável pela riqueza, felicidade, brilho, cultura, sabedoria, sanidade e PODER humano.

Equivocadamente a sociedade humana investe todos os seus esforços em desenvolver apenas o lado esquerdo do cérebro, julgando que quanto maior for o fortalecimento desta “musculatura” cerebral, mais sucesso o indivíduo obterá socialmente, quando a Ecologia Humana prova exatamente o contrário.

O lado direito do cérebro é o lado subjetivo e o ser humano é eminentemente emocional; Nada mais subjetivo que isto. Segundo o psicólogo Daniel Golemam, que cunhou o conceito amplamente difundido e aceito de INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, o indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade, manobrar esta natureza e se relacionar com seus interlocutores com mais efetividade, função esta que só pode ser exercida pelo lado DIREITO do CÉREBRO.

Dependemos objetivamente, cada vez menos da natureza e cada vez mais de outros seres humanos para sobrevivermos e nos realizarmos na vida. Abandonar ou relegar a um segundo plano esta área do desenvolvimento cerebral, chega a ser um suicídio social. Porque será que insistimos em nos apegar a crenhttps://www.youtube.com/watch?v=KSml8XRbne8ças infundadas em vez de aceitarmos e adotarmos verdades científicas? Einstein dizia que loucura é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.  

Ninguém pensa em ir a uma academia desenvolver somente o lado direito do corpo. Isto  não tornará ninguém saudável ou forte, mas sim deformado e doente fisicamente. Porque fazer isto então com o cérebro, órgão do qual mais dependemos para o sucesso nas nossas relações com este mundo tridimensional?

Não seria por causa deste desequilíbrio da ecologia humana, que a sociedade é tão perversa, desigual, violenta, competidora, já que a nossa natureza animal revida a agressão anteriormente sofrida. Não é esta a razão de vivermos tão miseravelmente quando há recursos, tecnologias e alimentos em abundância para vivermos todos num paraíso?

Uma pessoa verdadeiramente inteligente, ou seja, que desenvolveu igualmente os dois lados do cérebro em equilíbrio, efetivamente não consegue se tornar um personagem perverso, um coautor das atrocidades que dominam o mundo atual.

O cérebro onde entra luz, não consegue voltar ao estado das trevas da ignorância. Desenvolvida a sensibilidade ela não se apaga mais. Estes atributos do lado direito do cérebro estão interligados e são indissociáveis. Onde há sensibilidade há luz, onde há luz há brilho, onde há brilho, há beleza, onde há beleza há criatividade, onde há criatividade há riqueza, onde há riqueza há poder e PODER real é o que todo ser humano quer, pois só há liberdade se há poder.

Entretanto estas qualidades são subjetivas, dificilmente quantificáveis. O lado esquerdo do cérebro não o pode medir direito. O lado esquerdo não compreende o direito, mas o lado direito compreende integralmente o lado esquerdo, porque é versado na linguagem das artes que são matemáticas. Entretanto o intrigante, é que cérebro não consegue resolver seus próprios problemas, pois como disse Einstein, nenhum problema se resolve no mesmo nível em que foi criado. 

Então quem ou oque poderá nos ajudar?

O cérebro é a residência da psique, do EU, do personagem humano. Este EU não consegue resolver os problemas que cria, porque o problema humano é o próprio EU. Um personagem “artificial” não pode resolver um problema natural. O essencial está acima da natureza. O que chamo de essencial é bem real, cientificamente visível por qualquer um, bem palpável, consistente, coerente e lógico, entretanto “não material”, entendendo-se por “material” o nosso senso comum linear Cartesiano_Newtoniano.

Foi para partilhar com educadores e educandos minha experiência na compreensão e neutralização cabal deste EU, que não é o SER que pensamos ser, através do AUTOCONHECIMENTO CIENTÍFICO, instrumento para libertar nossos superiores potenciais de INTELIGÊNCIA supracerebrais, que elaborei este projeto.


OBJETIVOS GERAIS:

Com o melhor desta minha experiência pessoal pretendo servir à Secretaria de Educação Municipal, diretores, coordenadores, professores e demais profissionais da educação, além de primeiramente os estudantes e seus pais, apoiando-os na difícil missão de educar. Utilizando como instrumento a ARTE, pretendo sugerir e apresentar alternativas para facilitar seu trabalho, reduzir seu desgaste, esvaziando as poderosas energias na psique infantil, que represadas se tornam hostis e indomáveis, oferecendo caminhos criativos pelos quais possam se expressar, equilibrando sua ecologia interna e externa. Ficaria feliz se pudermos construir um trabalho integrado, que considere as necessidades dos estudantes, pais, professores e demais educadores envolvidos, elaborando uma linguagem engajada que fale a todos estes públicos-alvo relacionados.

Este é o desafio a que venho me propondo com meu trabalho de dramaturgia pedagógica ao longo destes últimos anos de atividade, escrevendo peças que possam colocar em palavras e gestos, o que os corações e mentes destes públicos, o infantil, o jovem e o adulto, tem necessidade de expressar e acolher.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1. Além de divertir atores e públicos, elaborar e levar mensagens educativas em transversalidade com todas as áreas do conhecimento humano a todos.
2. Ouvir os anseios dos educadores quanto às expectativas criadas com o trabalho proposto, também de eventuais outros profissionais e autoridades envolvidas com o projeto e alinhavar este contexto com as expectativas e necessidades de expressão dos estudantes, num amplo engajamento, criando uma dramaticidade que acrescente culturalmente aos públicos assistentes, procurando atender todos os anseios, o quanto for possível.
3. Ensinar os estudantes a pensar criticamente, de maneira global, não fragmentária ou partidariamente.
4. Formar o caráter dos jovens com desafios de superação, que exijam coerência, como forma de entregar a eles valor, respeito, dignidade, confiança e amor próprios, formando cidadãos aptos a no futuro dirigir a nação para o enriquecimento de todos, em todos os níveis.
5. Fazer entender a diferença entre respeito e medo, através da percepção intuitiva da afetividade que deve intermediar as relações entre crianças, jovens e adultos, reduzindo distâncias autoritárias, tornando os estudantes autores de seus desígnios emocionais, libertando-os futuramente de auto-aprisionamentos psicológicos por bloqueios emocionais, iniciando-os desta forma, naturalmente, num caminho de autopercepção e de autoconhecimento.
6. Reduzir distâncias afetivas, criar pontes de relacionamento educador X educando, não replicar tecnologias, mas criar o novo, algo que não existia, vivo, que permita o trânsito afetivo entre pessoas de idades diferentes. Criar novas identidades espelhadas. Interlocução livre de preconceitos. Plasticidade de relacionamento. Encantamento. Reabrir assuntos, predefinições de relacionamento. Afeto no lugar de paradigmas, dogmas e preconceitos.
7. Inserir neste contexto o objetivo do teatro de reaprendermos todos, adultos, jovens e crianças a brincar com os papeis que todos exercemos, levando a sério a vida, em vez do personagem. O afeto começa somente depois de aprendermos a rir de nós mesmos. 

8. Atender ao interesse natural das Secretarias de Cultura de promover cultura/artística para todos os segmentos sociais.
9. Formar público para as áreas artístico/culturais promovidas pelo projeto.
10. Preparar estudantes para eventuais escolhas de profissões relacionadas ao projeto.
11. Desenvolver autoestima, autovalorização, autoconfiança e a inteligência emocional dos estudantes.
12. Reatar os laços naturais que unem educação e cultura, separados pela ditadura militar o que acabou com o principal público das artes, o estudantil, depreciando a cultura, impedindo artistas do exercício profissional e subtraindo da educação uma das principais ferramentas de educação, as artes, inviabilizando o trabalho do educador, desvalorizando o professor, impossibilitando o ensino integral, conforme previsto no ECA.


METODOLOGIA (Inspiração do título do projeto):

Obs.: Ao final do texto há uma imagem/texto explicando a metodologia empregada.



RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS:

Os recurso físicos necessários para a realização do projeto são os recursos naturalmente já disponíveis nas escolas. A Secretaria de Educação determinará quais recursos disporá nas escolas para implantação do projeto, estabelecendo um cronograma e agendamento, descritos num acordo prévio com o proponente deste projeto, demais educadores e outros envolvidos.

Serão necessários para as aulas e produções um espaço fechado para exercícios que exijam maior concentração e exibição de vídeos e um espaço aberto para exercícios que exijam maior atividade física, sendo que um dos dois ou ambos deverão permitir apresentações para outros alunos de fora do projeto. Outros materiais necessários para as produções são os já normalmente utilizados pelas escola como papeis, cola, durex, barbante, EVA, TNT, TV, DVD, caixa de som, etc.

Haverá necessidade de exclusividade de uso dos espaços previamente determinados, somente no horário reservado para as aulas, conforme cronograma pré estabelecido em conjunto com as partes envolvidas.

Também será necessário que cada escola envolvida tenha um espaço reservado e protegido para a guarda de figurinos e acessórios de cena.

O transporte de estudantes, proponente, eventuais assessores envolvidos no trabalho e de materiais de cena, no caso de apresentações em locais distintos dos das aulas, ficará a cargo da Secretaria de Educação, conforme programação previamente acordada entre todos os envolvidos.

Câmeras de vídeo, materiais de iluminação, fiação, equipamentos para a produção dos cenários e figurinos, computador, softwares operacionais e software de edição de vídeo com respectivos direitos de uso e eventuais outros necessários, bem como todo “Know How” operacional, ficarão a cargo do proponente do projeto.

Se for do interesse da Secretaria de Educação e da escola que os estudantes aprendam a editar imagens e realizar produções de vídeo e para internet, será necessário disponibilizar no mínimo um computador com processador Quadricore, ou equivalente, 2 GB de memória, um HD de 500 GB e um Pen Drive de 32 GB, para cada dois estudantes, em cada escola sede do projeto.


RECURSOS HUMANOS:

Não há necessidade de nenhum acompanhamento ou assessoria de educador ou funcionário da escola, regularmente durante as aulas.

O proponente do presente projeto ficará encarregado de apresentar a proposta do projeto para a escola toda e selecionar os estudantes que poderão participar das atividades, em horário invertido ao das aulas regulares da escola, ministrar as aulas, produzir os materiais de vídeo, impressos e internet e direção de cena.

O cronograma das aulas será estabelecido pela Secretaria de Educação em comum acordo entre o proponente do projeto e demais educadores envolvidos. Este cronograma deverá ser divulgado no início das atividades, para evitar que haja coincidência de atividades, nas datas agendadas para os eventos programados pelo projeto, tanto da parte dos educadores como da parte dos estudantes.

Será necessário obter “Autorização de Uso de Imagem”, previamente dos pais ou responsáveis pelos estudantes, para posterior postagem das produções na internet, sendo que cada caso será previamente programado e acordado entre a Secretaria de Educação, pais ou responsáveis e o proponente do projeto.

Os estudantes selecionados não poderão participar de outro projeto em horário coincidente ao do cronograma, estabelecido pela Secretaria de Educação em acordo com o proponente e educadores envolvidos.


PROPOSTA DE TRABALHO:

Ministrar aulas de dramaturgia, produção de vídeo, elaborar “scripts” e roteiros, montar peças de teatro e para teledramaturgia, com linguagens de vídeo, documentário, reportagens, internet e cinema. Uma parte das aulas será destinada a desenvolver a dramaturgia e outra parte para a produção técnica.


SUGESTÃO DE CRONOGRAMA:

A estipulação de dias e horários para as atividades propostas será objeto de acordo entre o proponente e os educadores envolvidos, considerando a quantidade de estudantes, classes, escolas que se deseje envolver.

Uma primeira fase do projeto deverá ficar circunscrita a formação de elencos, produção de peças teatrais e produções de vídeo. Numa segunda fase poderá ser ampliado o projeto com a intenção da FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES. O objetivo será o de selecionar, entre os elencos anteriormente formados, alunos que serão preparados para dar aulas a outros estudantes. Quando estes primeiros MULTIPLICADORES estiverem preparados, cada um deles deverá formar novos elencos com pelo menos 5 atores novos, para atuar dentro da escola sede e/ou em escolas selecionadas pela SME, aos quais ministrarão aulas, dirigirão, montarão e farão a produção de novos espetáculos, aumentando assim significativamente a abrangência do projeto.

Uma carga horária que acompanhe todo período de aulas da escola e a regularidade do trabalho, deverão produzir maior concentração, customização e comprometimento por parte dos estudantes, requisitos necessários para a formação dos MULTIPLICADORES.

Durante o período de férias escolares, do meio do ano, o proponente sugere que os trabalhos sejam continuados, seguindo até o final do ano letivo, período após o qual será o mais adequado para férias.

Como as produções aqui propostas acima tem um forte caráter educativo, uma vez que levarão em consideração as necessidades, interesses e aspirações de professores e outros educadores, o proponente sugere que as peças produzidas nas escolas escolhidas para acolher o trabalho, sejam levadas para outras escolas que tenham trabalho semelhante ou não, contando que para a realização desta tarefa a Secretaria de Educação providencie o necessário transporte dos atores e materiais de cena (de pouco volume e peso – sem cenário).

Além das apresentações das produções nas escolas e havendo no município outros equipamentos culturais e áreas ecológicas ou de preservação, o proponente sugere que as peças produzidas sejam apresentadas em tais locais.

Existem verbas estaduais e federais para o financiamento de festivais disponibilizadas através de editais da Secretaria de Cultura estadual e Departamento de Cultura federal, para os quais o proponente se disponibiliza para elaboração dos projetos a concorrer.


RECURSOS FINANCEIROS:

Para o trabalho aqui proposto, o proponente sugere que SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, ou a
ESCOLA INTERESSADA, faça uma proposta de ressarcimento e/ou ajuda de custo, de acordo com suas disponibilidades e interesses, aos quais o proponente procurará atender, de boa vontade, uma vez que o projeto não tem fins lucrativos, e sim de interesse humanitário, ideológico em favor da emancipação e empoderamento humano, para tonar nosso mundo mais fraternal, igualitário e livre. Havendo necessidade, o proponente se prontifica a assinar documento desobrigando a entidade contratante de qualquer obrigação trabalhista, renunciando a qualquer interesse de vínculo desta natureza, ficando as obrigações entre as partes restritas ao redigido em contrato.

Os recursos financeiros oferecidos pela SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ou entidade educacional contratante, a título de ressarcimento ou ajuda de custo, deverão cobrir despesas de alimentação, transporte, eventual estadia, confecção de materiais de cena, troca de peças de reposição utilizadas nos equipamentos de produção, manutenção e eventuais reparo de equipamentos disponibilizados pelo proponente para a produção proposta no projeto.

Além deste investimento o proponente sugere que a SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ou entidade educacional, reserve recursos para o custeio de aquisição e/ou confecção de figurinos e acessórios de cena.

Este acervo constituído deverá ser guardado e preservado pelas escolas que participarem do projeto, para serem utilizadas nos anos subsequentes. Os materiais cedidos gratuitamente pelo proponente para as produções serão recolhidos pelo mesmo ao fim do período contratado.


Para que se tenha uma ideia de relação CUSTOS X BENEFÍCIOS com o presente projeto, uma projeção de INVESTIMENTO PER CAPITA, com a intenção de atingir todo público estudantil do município e também os pais, foi calculada para a cidade de Serrana/SP, onde o proponente já desenvolve a filosofia de trabalho aqui proposta:

As peças produzidas para os públicos internos das escolas de Serrana, atingirão em média os cerca de 600 alunos que cada uma acolhe. Contando que as apresentações sejam feitas também para os pais, poderemos atingir no ano, com diversas reuniões, cerca de 600 adultos por escola. Como existem no município 8 EMEFs, por este cálculo poderemos atingir 9.600 pessoas entre adultos e crianças, isto contando que poderemos produzir com estes elencos peças para os menorzinhos, tanto para os das primeiras séries dos EMEFs, como também para os pequenos estudantes das EMEIs, onde poderemos chegar a atingir um total estimado de 10.000 pessoas.

Se somarmos a este público os que frequentarão os festivais de final de ano, no teatro da Fundação Cultural de Serrana, com a suposição que hajam dois dias de apresentação e com a exibição de vários espetáculos em horários diferenciados, poderemos acrescentar a esta conta pelo menos mais 1.000 pessoas.

No espaço ecológico da cidade Parque Bela Fonte, com a apresentação de peças de Educação Ambiental para escolas, se todas as EMEFs forem levadas ao parque, ao menos uma vez ao ano, inclusive com apresentações em finais de semana para os pais, atingiremos pelo menos mais 4.800 estudantes e para arredondar a conta, pelo menos mais 200 adultos. Assim sendo teremos um total aproximado de 5000 pessoas atingidas.

Quanto ao público da internet que poderão visitar o canal criado para acomodar as produções de vídeo realizadas, além da exposição para as redes sociais, poderemos atingir um público que agora é difícil calcular. Então não acrescentaremos valores aos números calculados acima.

Se atingirmos DIRETAMENTE 16.000 pessoas entre crianças, jovens e adultos, isto contando que estas pessoas assistirão apenas um espetáculo, uma única vez no ano, o investimento total feito pela SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO no projeto, ficando abaixo de R$ 16.000,00, chegaremos a um INVESTIMENTO PER CAPITA de R$ 1,00 por pessoa em um ano, ou provavelmente menos. Devemos considerar ainda que fatalmente muitos adultos ou estudantes assistirão, uma ou mais peças, mais de uma vez, o que reduziria ainda mais o investimento per capita, isto ainda sem contar com o público da internet. 16.000 pessoas representam cerca de 32% da população do município de Serrana.


BENEFÍCIOS COLATERAIS DO PROJETO (Continuando ainda com a simulação feita acima para o município de Serrana/SP, considerando que um projeto similar a este foi encomendado em 2018 pela Prefeitura Municipal, com a intenção de Educação Ambiental para crianças e adultos):

Além de mobilizar um imenso público em torno de uma ampla ação cultural/educativa, agregando toda classe educacional do ensino fundamental do município, teremos realizado uma forte mobilização de integração sócio-cultural, algo de suma importância para o município, que recebeu nas últimas décadas forte migração, o que desfigurou a identidade sócio-cultural do serranense nativo, sem que os migrantes tivessem encontrado espaço para expor suas culturas e saberes. A reconstrução desta identidade serranense, agregando a cultura nativa e a migrante é essencial para restabelecer, além da saúde sócio-cultural da cidade, também a saúde ECONÔMICA municipal, pois as duas áreas são interdependentes, arrastando para esta convalescença a saúde psicossomática do cidadão.

A persistência do projeto fatalmente conduzirá a uma mudança de comportamento e valores do cidadão serranense, quanto a sua responsabilidade ambiental e em manter a cidade limpa.

Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York, conhecido por sua política de “tolerância zero”, que consegui reduzir a criminalidade em 60%, na cidade mais violenta do mundo em seu mandado, pode servir de inspiração para nosso projeto. Ficou provado pelo experimento, que quando o cidadão aprende a cuidar de pequenos detalhes do ambiente onde vive (em Nova York há multas para quem joga lixo no chão), este parâmetro estabelecido inibe outras ações maiores de agressão à outras pessoas e ambientais.

Se persistirmos com o projeto nos anos subsequentes fatalmente acabaremos atraindo a grande mídia, que poderá produzir espontaneamente matérias sobre a cidade, o que reforçará as intenções do mesmo, além de poder atrair investimentos de diversos segmentos no município, bem como abrir portas para ações turísticas que atraiam público para a cidade.


CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Voltemos ao objetivo fundamental citado inicialmente no projeto, de TRANSCENDÊNCIA, que consiste em ajudar a criança a ver e melhor utilizar a própria INTELIGÊNCIA, distinguindo-a do nosso CONSCIENTE E INCONSCIENTE COLETIVOS, fazendo tal experimentação de maneira natural, independente, autônoma, lúdica, pelo jogo teatral. A autoimagem humana é um DOGMA construído pelo nosso CONDICIONAMENTO social, que deve ser desmistificado em favor da nossa liberdade, sem a qual jamais nossa INTELIGÊNCIA conseguirá construir uma NOVA TERRA, boa, justa, fraterna e rica em fartura para todos. A melhor maneira de atingirmos este AUTOCONHECIMENTO libertador é através da ARTE.

A MITOLOGIA é uma ferramenta poderosa utilizada pelo teatro para sondar o mundo oculto e enigmático do nosso INCONSCIENTE COLETIVO, onde residem os personagens mágicos dos contos de fadas infantis, que representam os potenciais e medos desta porção maior da nossa mente. Esta simbologia permite interpretar e trazer à lucidez, as fantasias que criamos a respeito da realidade, arquivadas em nosso DNA, relatando 13 mil anos da história desta nossa civilização.

Não podemos entender racionalmente a EXISTÊNCIA, a INTELIGÊNCIA, a VONTADE, a CONSCIÊNCIA e os SENTIMENTOS que somos, nem à FONTE de ENERGIA CRIATIVA que se manifesta em ondas e partículas que dá origem aos universos, descoberta pela Física Quântica, mas se desvendarmos o nosso PERSONAGEM EU, guardião da caverna oculta do INCONSCIENTE COLETIVO, donde habitam todos os heróis e vilões derivados deste EU, chegaremos à REALIDADE, sem perder a capacidade de sonhar. Só distinguindo a ambos com clareza, poderemos criar a realidade da sonhada NOVA TERRA que queremos.

SOBRE A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONHECIMENTO CIENTÍFICO.

A mitologia é uma ciência que trata dos tipos (personagens) arqueológicos enterrados no nosso INCONSCIENTE COLETIVO. O termo, cunhado pelo psiquiatra CARL GUSTAV JUNG, que entendo como uma “re”descoberta, visto que se trata de uma interpretação inspirada no mito Grego de Édipo Rei história contada por Sófocles, da personagem Esfinge, um mostro que desafia Édipo, que travestido para a época atual seria constituído de um corpo de boi, um peitoral de leão, com asas de águia e uma cabeça humana feminina. A Esfinge é uma representação metafórica do homem, que retrata com perfeição o cérebro e a psique humana.

O psiquiatra Pierre Weil em seu livro “O Corpo Fala”, ilustra bem estas divisões “Esfíngicas” da psique humana, ou EGO, ID e SUPEREGO descritas pelo neurologista Sigmund Freud e relacionadas com nossos 3 cérebros:


A Esfinge, o monstro que desafiou Édipo com a interpelação “DECIFRA-ME OU TE DEVORO”, que poderia ser traduzida como “CONHECE-TE OU TE DEVORO, sob a ótica da mitologia, com a da fisiologia cerebral e a psicologia juntas, poderia ser interpretada da seguinte forma: a base mitológica animal formada pelo BOI, corresponderia ao cérebro vegetativo REPTILIANO e ao ID da psique Freudiana. A base mitológica representada pelo LEÃO, corresponderia ao nosso cérebro animal, ou LÍMBICO, o EGO Freudiano, ou nosso indomável lado emocional. A porção mitológica representada pela ÁGUIA, corresponderia ao nosso cérebro racional, o NEOCORTEX, o SUPEREGO Freudiano, nosso censor moral controlador. 

Além destes nossos 3 lados psíquicos-anímicos primitivos, a Esfinge ainda tem uma outra porção superior, representada por uma cabeça humana, justamente o INCONSCIENTE COLETIVO, redescoberto por Jung. Mas, seguindo a mesma lógica dos 3 cérebros animais, onde estaria localizado, em nós, este INCONSCIENTE COLETIVO já que não temos um quarto cérebro?

O termo INCONSCIENTE COLETIVO sugere que temos uma porção em nós partilhada por todos os outros seres humanos, tal qual um monstro siamês, com uma única cabeça ligada a 7,5 bilhões de corpos humanos. Segundo estimativas científicas nossa mente é apenas 3% AUTOCONSCIENTE, 7% SUBCONSCIENTE e 90% INCONSCIENTE. Aonde estaria em mim esta ligação invisível com toda a humanidade senão no DNA das minhas células?

O DNA, a semente através da qual é possível criar um CLONE igual a um exemplar da espécie, cuja estrutura é só e unicamente memória, é um resumo histórico da existência individual, da humanidade inteira que passou pelo planeta, bem como um arquivo de 3,5 bilhões de anos de toda vida planetária e quem sabe da existência da terra. Não seriam estes 97% insondados do nosso
INCONSCIENTE COLETIVO, o território igualmente desconhecido do nosso GENOMA, considerando que somente recentemente a ciência começou a desvendar a utilidade dos mais de 98% do DNA. Esta afirmação científica coincide com visão das filosofias orientais de que tudo e todos somos um único ser.

O que pretendo com estas considerações é desmistificar a imagem estática, dura, definitiva, inflexível, absoluta que temos de nós mesmos, do nosso EU COLETIVO INCONSCIENTE e ver a realidade da nossa INTELIGÊNCIA, superior ou supraracional.

Porque é importante que esta investigação sobre oque somos seja científica?

Não existe nada mais democrático que a lógica. Não só a lógica racional, mas padrões lógicos superiores, como os da percepção, do insight, da intuição. As crenças nos separam e, paradoxalmente só a lógica pode nos unir e levar ao AMOR.

Entretanto somos dominados pelo nosso cérebro EMOCIONAL, nosso EGO. Preferimos nos apegar a crenças em vez de a fatos científicos. Isto faz da nossa sociedade uma “Torre de Babel” bíblica, onde cada um fala uma língua e ninguém se entende.

Na abertura deste projeto afirmei que relegamos a segundo plano o desenvolvimento do lado direito do cérebro, que embora subjetivo, é eminentemente lógico, mas de uma lógica sutil e refinada que o nosso lado esquerdo do cérebro, racional, frio não entende e não valoriza. Metaforicamente falando, não seria este lado esquerdo a ESFINGE que propôs a Édipo, o lado direito do cérebro, o desafio: DECIFRA-ME OU TE DEVORO?

Se não desenvolvermos a SENSIBILIDADE e aprendermos o alfabeto simbólico das linguagens subjetivas da mente que as artes ensinam, continuaremos miseráveis, violentos, isolados de tudo e de todos.

Criar é mais importante que conhecer. Para quem cria, o conhecimento é inútil. O que produz riquezas é a criação e não o conhecimento.

Para confirmar este fato proponho uma reflexão: Se lhe fosse dado de presente, preferiria todas as fábricas da Coca Cola, ou o “rabisco”, o “desenho”, o símbolo, a MARCA? Qual das duas opções tem maior valor?

Afetuosamente

Wagner Nogueira
Jornalista – MTB 0070585/SP


Referências Profissionais:
Através do BLOG https://teatroregenerativo.blogspot.com/ é possível ter acesso a todos os trabalhos por mim criados e a um histórico profissional completo.
Site profissional: http://empoderador.wixsite.com/mentoria

Abaixo, a seguir uma ilustração /texto dobre a METODOLOGIA empregada:



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