NOVA TERRA - COMO SE SENTIR SEGURO E CONFIANTE ANTE O DESAFIO COMPETIDOR DO DINHEIRO.






Sempre me senti ameaçado, inseguro, oprimido pelo mundo do dinheiro, que me parecia indecifrável e que exigia de mim um esforço sobre-humano de superação. Sentia que tinha que me adequar, me formatar, mutilar emoções inadequadas, me ajustar socialmente. Sinto que este sofrimento aflige todos, em maior ou menor grau de acordo com a fragilidade ou capacidade de cada um de lidar com a ilógica do que chamo de “monetarismo”.

De fato o jogo deste “mercado” é perverso, desumano e nos ameaça. É o deus de papel a quem temos que servir. E isto nos fragmenta. Quanto maior a fragmentação maior o sofrimento.

Adquirir conhecimentos técnicos e “esperteza” servem apenas para estarmos a frente na competição imposta pelo “mercado”, mas não nos imuniza.

Temos necessidade de algo muito maior que isto. Temos necessidade de um espaço muito maior para nosso espírito. Precisamos ocupar um espaço de existência, dentro de nós mesmos, muito maior que a que nos autoimpomos para ter êxito, ser bem sucedido e vencer a competição monetarista.

Precisamos retirar a competição selvagem deste “mercado” de dentro de nós e deixá-la somente fora. Precisamos não nos envolver emocionalmente com esta luta.

Se diante de qualquer desafio eu conseguir permanecer seguro, tranquilo, confiante poderei responder a ele com PROPRIEDADE, sinceridade, com o vigor necessário enfim, com PODER.

Parece então que, antes de conquistar qualquer território externo, deveria conquistar o território interno da minha alma, me tornar PROPRIETÁRIO de mim mesmo, para depois naturalmente, seguro, confiante e feliz, responder aos desafios externos.

É possível isto ou é um delírio? Faz sentido ou não? Será que existe este “espaço interno” que me permita, além de ocupá-lo, usufruir de tal PODER?

Para quem é prático e objetivo, como exige a competição deste “mercado”, parece muito “filosófico”, abstrato, muito difícil de empreender? Ou talvez em nossa zona de conforto, onde já estamos dessensibilizados e acostumados a uma boa dose de sofrimento, não valha a pena nos movermos e olhar para outra direção.

Mas oque é a vida? Qual o sentido da vida? Talvez a cada um de nós caiba definir isto. Talvez a vida tenha o sentido que quisermos dar a ela. É isto que queremos dar a nós mesmos? É isto que merecemos? É isto que valemos? É este mundo morno, tedioso, apático, de acomodação ao sofrimento que queremos de fato nos dar?

O próprio “mercado” nos cobra maiores ambições. Que pensemos fora da caixinha onde estamos oprimidos. Cobra iniciativa, criatividade, comprometimento, motivação, altivez. Em resposta a estas exigências tentamos nos modelar, mais e mais nos reprimimos, mais e mais nos impomos O QUE NÃO QUEREMOS. Mais e mais nos anulamos e nos acuamos.

Como “chutar este balde”? Como crescer acima do desafio? Como verdadeiramente nos empoderarmos?

Só há um jeito. NÃO MAIS MENTIRMOS PARA NÓS MESMOS!

É de fato o que mais temos medo. Nos encararmos. VER a nós mesmos.

Como sair daquele imenso turbilhão atordoante e dar um primeiro passo em busca desta redenção?

Oque vamos buscar? Quem ou oque poderá nos ajudar? Quanto isto vai custar neste “mercado” monetarista? Vamos “comprar” nossa alma de volta neste “mercado”?

Oque em mim permitiu que este “mercado” me dividisse em pedaços me enfraquecendo e desempoderando? Como disse o imperador romano Júlio César, um homem dividido pode ser facilmente governado.

Se pensarmos politicamente, vamos acabar pondo a culpa em alguém e isto não ajuda. Eu sou o único responsável pelo que aconteceu comigo, ou aquele que permitiu que os outros fizessem o que quisessem comigo. Quando assumir esta responsabilidade começo a me erguer. Começo a tomar PROPRIEDADE de mim, como foi sugerido acima.

Neste momento estou só e sem saber o que fazer. Perdido e angustiado. Mas não fugirei deste enfrentamento. Ficarei só e desarmado diante do ameaçador sentimento de impotência. Então aos poucos o MEDO começa a ceder. Começo a serenar e ver uma nova luz, uma nova perspectiva que não havia antes. Conquistei o primeiro espaço necessário para respirar dentro de mim. Dei o primeiro passo. Consegui a primeira vitória.

Parece que descobrimos o que nos fragmenta. Oque permite, dentro em nós, que o ameaçador mundo exterior nos invada, domine e comande: O MEDO. Um medo de algo que não existe concreta e objetivamente. Não de uma ameaça externa presente, como uma fera raivosa, ou alguém que avance contra nós. Mas sim um MEDO difuso, subjetivo, subliminar em nossa mente, sempre presente e oculto.

Um MEDO que “não tem de que”. Uma INSEGURANÇA PSICOLÓGICA que se observarmos bem, está presente em todos nós, independente de ser mais ou menos bem sucedido na batalha do “mercado” monetarista. E como não tem causa nem sentido, só pode ser combatido pelo enfrentamento, como fizemos antes. Temos que vê-lo e estar diante dele, desarmados, porque de fato não temos arma para enfrentar um fantasma. Temos que ficar com ele e não fugir. Quando fazemos isto, algo oculto em nosso inconsciente se materializa, ou melhor se elucida, se expõe, se VERBALIZA, mostrando que tínhamos medo de algo, de uma imagem, que agora não faz o menor sentido. Crescemos acima e isto mata aquele medo ilusório.

Este é um processo de AUTOCONHECIMENTO que se quisermos crescer e nos agigantar diante dos desafios da vida material, temos que empreender sempre. Tem que passar a fazer parte de nossa existência. Temos um INCONSCIENTE COLETIVO que representa 97% do nosso território mental, cujo conteúdo foi ali colocado por outros, pela sociedade que nos educou, ou melhor, condicionou. Temos MEDO por que estamos consultando e seguindo o conteúdo deste imenso arquivo de velhas fórmulas dos outros, para enfrentar os desafios presentes da vida. Algo que não é nosso, que não concebemos e na verdade não sabemos o que é. Temos então que substituir tudo o que foi em nós internalizado pela sociedade em nossa educação, por algo nosso de nossa autêntica PROPRIEDADE. Se não, não teremos paz, serenidade, confiança para responder a qualquer problema que se nos apresente.

E então agora, melhor municiados, voltemos a questão do dinheiro. Pare um pouco para pensar, intuir e confira com seus sentimentos. Não é na verdade dinheiro, oque as pessoas querem para se sentirem seguras, certo? Tal INSEGURANÇA é psicológica como vimos acima. Oque então as pessoas estão buscando desesperadamente, em desabalada carreira pela vida?

Oque nos faz sentir seguros e protegidos, amparados, se não o AMOR?

Isto parece ainda muito subjetivo, para quem está acostumando ao “prático e objetivo” da vida moderna? Talvez porque não se saiba o que é de fato o AMOR.

O que conhecemos por amor é apenas uma “química” cerebral que deflagra “emoções”. Talvez porque dependamos apenas de emoções animais para construir nosso mundo exterior é que ele seja tão violento, desorganizado e um problema insolúvel. Sentimentos são manifestações superiores às emoções mas o AMOR também não é um SENTIMENTO.

O AMOR é uma estado de VISÃO da realidade que ultrapassa o tridimensional que o cérebro enxerga, envolve e ABRAÇA o todo. Nada mistico, sobrenatural, oculto, mas algo real, talvez um pouco difícil de vislumbrar quando ACREDITAMOS ser apenas o cérebro.

Em outras matérias que escrevi antes, oriento como VER com clareza absoluta o que de fato somos e não é cerebral: INTELIGÊNCIA, VONTADE, CONSCIÊNCIA e SENTIMENTOS. Manifestações reais, visíveis por qualquer um, mas que transcendem o cérebro.

Se pesquisar um pouco sobre Física Quântica verá que, para esta ciência, todo mundo manifesto principia com ondas de energia que assim permanecem ou se transformam em partículas subatômicas, quando há um “observador”, que eu traduzo como CONSCIÊNCIA. A grosso modo, eu diria que a CONSCIÊNCIA cria a matéria. 

 

Não existe nada de místico, ou porque mistificar FATOS científicos. FATO é que estas ondas de energia criadoras estão por todo este e outros espaços universais, criando espontaneamente o manifesto, ou diversos tipos de matéria, da mais densa às mais sutis.

Esta “fonte de energia criadora”, constatável, observável e quantificável cientificamente, está, não num centro controlador externo, mas sim dentro de cada átomo, existe ao largo ou à partir de cada átomo.

Da mesma forma que a cada pessoa, ou ao nosso cérebro animal, é possível observar e se relacionar com a INTELIGÊNCIA, com a VONTADE, com a CONSCIÊNCIA ou com os SENTIMENTOS, é possível se relacionar diretamente com a FONTE ENERGÉTICA CRIADORA. Ao fazê-lo compreendemos oque é o AMOR. Este relacionamento permite perceber que há uma prazer orgástico em criar e se doar a esta criação. O prazer da criação é recíproco. Mas a VISÃO desta realidade só se torna clara quando expandimos nossa consciência até o ponto de compreender, ou decifrar nosso inteiro território INCONSCIENTE COLETIVO, tirando da frente dos olhos a ilusão que ele representa.

Nos somos o animal, a criatura e ao mesmo tempo, a FONTE, os SENTIMENTOS, a CONSCIÊNCIA, a VONTADE e a INTELIGÊNCIA. É isto que é a quinta dimensão que os olhos afeitos a tridimensionalidade tem dificuldade em ver.

Então voltando ao princípio da conversa, sobre como estar num estado de confiança, segurança, calma, serenidade e PROPRIEDADE de si mesmo ante os problemas do mundo material. Nos sentimos perfeitamente seguros, acolhidos, aconchegados, amparados, protegidos quando estamos no AMOR, por nós mesmos e consequentemente pelos outros e dos outros para conosco. Lembre-se: sempre começa por nós mesmos. E só começa pela compreensão INTEGRAL do que somos: AUTOCONHECIMENTO.

Afetuosamente

Wagner Nogueira
MTB 0070585/SP
(16) 99136.9249 (claro)


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