Quando era criança estava passeando com meu pai por uma calçada do bairro onde morava, quando um cachorro, grande para o meu tamanho, apareceu na minha frente. Tomado de medo disparei em desabalada carreira. Meu pai, em vez de fazer algo, simplesmente gritava: Não corra, não corra! Conclusão: fui mordido.
Hoje adulto, continuo acometido dos mesmos sintomas, que sempre tive a vida toda, quando um cão, de qualquer tamanho, aparece à minha frente: Os pelos se arrepiam, todas as células despertam e um frio no estômago complementa os sintomas. Diferente do que fiz quando era criança, paro e fico de frente para o animal. Se ele avança, parto pra cima dele. Os sintomas do medo continuam la, mas enfrento e sempre venci. Entretanto estes sintomas não desaparecem.
Em minha longa jornada de autoconhecimento, que começou quando eu tinha 16 anos de idade, quando descubro interiormente, as “MARCAS” deixadas por um trauma, em seguida os sintomas de mal estar desaparecem, há uma liberação de energia e uma libertação do medo. Aquele fantasma não me aterrorizará mais. Porque então no caso do cachorro, o medo não desaparece?
Não adianta “SE LEMBRAR” do fato que ocasionou o medo recorrente. Adianta sim se lembrar da INTERPRETAÇÃO” que dei ao fato, que ficou arquivado na memória celular. Por isto usei o termo MARCAS.
Nosso organismo registra tudo que ocorre conosco. Independente de dominarmos uma linguagem verbal, visual e a capacidade de elaborar fatos, o corpo registra as IMPRESSÕES SENSORIAIS do ocorrido. É algo como uma linguagem criptografada de computador, bem compilada que ocupa pouco espaço. Estas informações residem no nosso “hardware” orgânico, semi e inconsciente, cujo território ocupa cerca de 97% do continente onde habitamos. O autoconhecimento científico consiste em mergulhar neste oceano escuro e desconhecido e resgatar as MEMÓRIAS SENSORIAIS ali naufragadas, para extrair delas seus tesouros.
Só é possível resgatar as memórias enterradas em nosso semi e inconsciente, que podem nos libertar das amarras dos medos psicológicos, se antes tivermos aprendido a ler e decifrar esta oculta linguagem criptografada. Este processo começa com o despertar de nossos potenciais de inteligência e sensibilidade, permitindo que se os distingua, do “MECANISMO CONDICIONADO” pelo nosso passado, que nos engessa e nos faz andar nos trilhos paradigmáticos da linearidade, que nosso cérebro criou para se proteger dos medos, da liberdade imprevista que a vida é.
PENSAMENTO não é CONSCIÊNCIA! RACIONALIDADE não é INTELIGÊNCIA. O NOSSO EU não é a VIDA. DESEJO não é VONTADE. PENSAMENTO, RACIONALIDADE, NOSSO EU e DESEJO são o mecanismo condicionado que há em nós, que se expressa através de IDEIAS, CRENÇAS e VALORES adestrado pela sociedade humana, para REAGIR à vida e incapaz de AGIR nela. Todos estes atributos pertencem ao mundo do PENSAMENTO e são superficiais, pertencem ao mundo material, não perpassam por nossa verdadeira realidade interior. Segundo a moral desejável social, ser bem sucedido significa ser bem adestrado, ser “esperto”, o que é o oposto de ser inteligente.
Wagner Benitez Nogueira
(16) 99136.9249 (claro)
Só é possível resgatar as memórias enterradas em nosso semi e inconsciente, que podem nos libertar das amarras dos medos psicológicos, se antes tivermos aprendido a ler e decifrar esta oculta linguagem criptografada. Este processo começa com o despertar de nossos potenciais de inteligência e sensibilidade, permitindo que se os distingua, do “MECANISMO CONDICIONADO” pelo nosso passado, que nos engessa e nos faz andar nos trilhos paradigmáticos da linearidade, que nosso cérebro criou para se proteger dos medos, da liberdade imprevista que a vida é.
PENSAMENTO não é CONSCIÊNCIA! RACIONALIDADE não é INTELIGÊNCIA. O NOSSO EU não é a VIDA. DESEJO não é VONTADE. PENSAMENTO, RACIONALIDADE, NOSSO EU e DESEJO são o mecanismo condicionado que há em nós, que se expressa através de IDEIAS, CRENÇAS e VALORES adestrado pela sociedade humana, para REAGIR à vida e incapaz de AGIR nela. Todos estes atributos pertencem ao mundo do PENSAMENTO e são superficiais, pertencem ao mundo material, não perpassam por nossa verdadeira realidade interior. Segundo a moral desejável social, ser bem sucedido significa ser bem adestrado, ser “esperto”, o que é o oposto de ser inteligente.
Wagner Benitez Nogueira
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